Uma notícia que ecoa no núcleo do ecossistema de inovação e investimentos corporativos: A Gerdau, gigante do aço com atuação global e uma das pioneiras no Corporate Venture Capital (CVC) no Brasil, está paralisando novos aportes em seu fundo Gerdau Next Ventures (criado em 2019 com US$ 80 milhões) e, segundo fontes, negociando a venda de seu portfólio de 11 startups investidas.
O que essa movimentação nos diz sobre os desafios e aprendizados de grandes corporações na vanguarda da inovação? 🤔
O Gerdau Next Ventures apostou em startups como as brasileiras Docket, de gestão de documentos jurídicos, e InstaCasa, uma Proptech; as americanas Aifleet, de automação de frotas, e 3DEO, de manufatura 3D, nas gestoras ONEVC, e na Terracotta Ventures, do setor imobiliário, todas com o objetivo de diversificar e inovar.
No entanto, a decisão de pausa parece estar ligada a uma complexa combinação de fatores: desde a gestão interna do próprio hub de inovação, mudanças no ciclo da indústria do aço, até um ponto crucial – o desafio cultural de uma empresa centenária em abraçar a lógica arriscada, mas recompensadora, do venture capital.
O caso da Plant Prefab, uma startup de construção modular em madeira que não se alinhava diretamente ao core de aço da Gerdau, surge como um exemplo emblemático dessa jornada, levantando a questão: como equilibrar a busca por disrupção com o alinhamento estratégico ao negócio principal?
Essa reviravolta na estratégia da Gerdau nos convida a refletir sobre a jornada de inovação corporativa. É um lembrete de que CVC vai muito além do capital; exige alinhamento estratégico, flexibilidade e uma cultura organizacional que compreenda e abrace a dinâmica das startups.
O cenário macroeconômico e a busca por retornos mais previsíveis também influenciaram a balança.
A boa notícia é que a Gerdau não abandona a inovação! A empresa tem focado em programas de inovação aberta, buscando soluções em parceria com startups para desafios específicos. Uma abordagem diferente, talvez mais integrada ao seu DNA.
Qual a sua visão sobre os desafios do Corporate Venture Capital em grandes empresas? E como você acredita que as companhias podem equilibrar a busca por inovação disruptiva com a solidez de seus negócios tradicionais? Compartilhe sua perspectiva nos comentários!
Fonte: Bloomberg Línea, por Marcos Bonfim
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